O segundo filme de Lee Daniels é baseado no livro "Push" de Sapphire e conta a história de Clareece Precious, mais conhecida como Precious. Desde os 3 anos ela sofre com os abusos sexuais do padrasto, que a engravida duas vezes, e as agressões fisicas da mãe na adolescência.
A história é pesada e incrível. Eu particularmente adoro esses roteiros em que o personagem é do gueto (ou não), tem a vida sofrida, mas mesmo assim com muita esperança e sonhos.
Todo o tempo a narrativa mostra os dois lados de Precious: O real e o imaginário. Nos momentos mais dificieis, Precious usava sua imaginação como válvula para de alguma forma se vê longe daquele momento. Em sua fantasia ela era amada, desejada e respeitada por todos. E Lee Daniels usou a fotografia para demonstrar esse contraste. Algo bem simples, porém que funcionou muito bem. A vida da menina era mostrada com cores cruas e duras, já seus sonhos eram recheados de muitas cores. A casa de Precious é bem escura, algo bem mórbido, quase não dava para exergar. Quando ela chega em seu apartamento já com seu segundo filho, já se tem um lugar iluminado e é ali que ela enfrenta a mãe pela primeira vez. A vida de Clareece começa a tomar um rumo.
O filme conta com atuações maravilhosas. A estreia de Gabourey Sidibe atuando é impessionante, dá pra acreditar que ela nunca interpretou? Valeu a sua indicação a melhor atriz ao oscar. Outra que valeu indicação de Melhor atriz coadjuvante foi Mo'nique. Não a conhecia, vi que é comediante e que atuou em alguns seriados como Ugly Betty e Nip Tuck, mas como nunca os assisti direito não sabia mesmo quem era. A mulher se entrgou ao personagem de uma forma monstruosa. Interpretação explosiva, grande!
E a grande surpresa Mariah Carey, que se despiu da vaidade e encarou uma mulher com uma postura fria, que não gosta de mostrar muito os sentimentos, mas que tem um bom coração.
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