"A última bolacha do pacote", era assim que me sentia, mesmo que não fosse desejado por todos. A partir daí, cheguei a conclusão de que a expressão, citada anteriormente, é usada num contexto totalmente errado.
A última bolacha do pacote é, literalmente a última, entende?! Isso quer dizer que, todas serão felizes primeiro que ela. Todas cumpriram seus objetivos - que é satisfazer alguém - antes mesmo daquela coitada lá no fundo. As que estão por cima serão COMIDAS antes dela. E além de estar sempre por baixo, nada garanta que seu final seja feliz. Vai que ela fique lá mofando e é jogada no lixo?!
As últimas bolachas nunca estão lá porque querem. Aliás, ninguém quer ficar por último, submisso a alguém. Se acontece, é puro destino. É a condição dela e nada pode mudar.
Eu não quero ser a última bolacha a ser escolhida num grupo. Não quero ver a felicidade alheia e ficar esperando meu fim sem saber como será. Quero cumprir meu objetivo junto de todos. Nem preciso ser aquela bolacha que "protege seu relacionamento", apenas não estar no fundo. Posso ficar ali pelo meio, e se tiver recheio melhor ainda.
Na adolescência, também já fui o último a ser escolhido na aula de Educação Física, quando apareci e não consegui simular uma dor estomacal com veracidade. Realmente é chato. Mas eu me satisfazia com a ideia de saber que aquela era a única matéria na qual eu não era bom - e mesmo assim não ficava em recuperação haha. Quando era criança, era popular, então era o primeiro a ser escolhido, apesar de já revelar falta de habilidade física. Por isso, na adolescência, sempre queria que um amigo começasse a escolher o time, porque seria poupado de ser o último. O ruim é que você sente aquela energia emanando das pessoas, né? "Coitado, ele foi o último". Eu sei porque sinto isso pelos outros, quando são eles os últimos. Mas alguém tem que ser. Os últimos serão os primeiros. Só não sei no quê.
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